Euclides Major cresceu com o sonho de se tornar Karateca e participar nos Jogos Olímpicos. Encontrava no desporto uma oportunidade de explorar o mundo e considera que a modalidade moldou muito a sua forma de estar na vida.

Nascido e crescido em Faro mudou-se, aos 17 anos, para Lisboa para frequentar a licenciatura e mestrado na NOVA SBE, onde acabou por ficar.  É hoje Diretor Executivo do Instituto de Empreendedorismo. 

O tema do sétimo episódio do Podcast Supertalks by Superbrands, em parceria com a RFM, prendeu-se com os Millennials, como captar a sua atenção, desafios e propósitos que esta geração enfrenta.

Começámos por falar sobre a instituição Nova School of Business & Economics e o seu propósito bem definido, como pode ler-se no site: “À medida que o mundo foi mudando fomo-nos ajustando aos seus desafios. E à medida que o mundo nos foi desafiando mantivemo-nos sempre fiéis a nós próprios.”, e como é que esta se tem ajustado às diferentes gerações.

Euclides Major recorda que tudo começou nos campos.

Primeiramente no Campo Grande, depois em Campolide e agora, no campus, em Carcavelos. Este campus, que é aberto a toda a sociedade, funciona como uma plataforma que permite interações e discussão de ideias.

A escola hoje é muito mais do que uma instituição educacional. É uma comunidade que ultrapassa fronteiras e inclui cidadãos de todo o lado do mundo e que desejam contribuir para esta transformação.

A NOVA SBE conta com mais de 70% de alunos estrangeiros, o que permite a co-criação de projetos inovadores, e um crescimento coletivo além fronteiras com um compromisso forte na excelência e foco em impacto sustentável e  inclusivo no mundo.

A Universidade tem uma missão que passa por transformar positivamente a sociedade, tornando-a mais justa e mais sustentável, inovando por meio do empreendedorismo.

Para além de todos os compromissos e parcerias com grandes instituições, como é que a NOVA SBE ajuda os alunos a integrarem o mercado de trabalho?

Em primeiro lugar temos um centro de carreiras, que visa apoiar, de forma muito personalizada, cada um dos nossos alunos.

Para além do centro de carreiras, a instituição dispõe de várias iniciativas que decorrem, ao longo do ano, e que colocam o aluno em contacto direto com o mundo do trabalho: feiras de emprego onde há interação com empregadores, corners que exploram startups. Programas de mentoria onde os alunos são emparelhados com profissionais experientes para descobrir oportunidades e novos caminhos. Uma rede de alumni muito ativa e, por último, cursos muito práticos onde se expõem alunos a objetivos e desafios concretos, do mundo real, para que eles possam perceber e para que se sintam melhor preparados para o futuro.

Concretamente, o Instituto de Empreendedorismo onde Euclides desempenha a função de Diretor Executivo, tem como missão o desenvolvimento de um mindset empreendedor dos alunos através de três grandes pilares: o primeiro muito virado para os alunos, capacitação e desenvolvimento de competências, o segundo virado para as startups e, por último, o terceiro pilar de liderança e conhecimento académico.

Um dos fatores diferenciadores da instituição é acreditar que aliar académicos com decisores políticos é um ponto determinante e fulcral, uma oportunidade para ajudar startups a crescer, acreditando que estas empresas são geradoras de postos de trabalho e a Europa tem de fazer mais para capacitar empreendedores, fomentar a ambição e criar riqueza na economia.

Com o tema do episódio focado na geração nascida entre 1981 e 1996, os Millennials, quisemos perceber como é que é esta geração comparativamente com outras. É mais empreendedora? Tem mais ideias e pretende implementá-las no mundo real? Tem ideia de ter o seu próprio negócio e ter uma voz ativa na sociedade?

Euclides Major concorda que há, cada vez mais, um mindset empreendedor nas camadas mais jovens.

Segundo a definição de empreendedorismo da Harvard Business Review, empreendedorismo define-se por alguém que procura explorar uma oportunidade, criando valor e, que no processo, enfrenta algum tipo de risco. Portanto existem várias formas de ser empreendedor. Obviamente é montar uma startup tecnológica com capital de risco mas, por outro lado, pode-se ser empreendedor em muitos outros formatos. Empreendedorismo por aquisição é um tema de que se fala muito hoje em dia, ou até intraempreendedorismo, empreender no universo de uma grande organização.

 

Há cada vez mais oportunidades de se trabalhar neste tema e, claramente, assistimos a este crescimento.

O Diretor Executivo do Instituto de Empreendedorismo confessa ainda que, hoje os jovens têm mais atitude empreendedora porque também há mais role models. Pessoas em quem se possam inspirar, seguir e tirar ideias, não só a nível internacional mas também nomes portugueses que alcançaram feitos a nível global.

E o mercado de trabalho? Que diferenças se encontream nos últimos 30 anos?

Foi outra das perguntas colocadas pela Superbrands para melhor entender o tema das novas gerações.

O destaque foi para o avanço tecnológico e a conectividade.

Hoje, estamos todos ligados a 100%, através de uma revolução digital que transformou todas as áreas de trabalho.

Em segundo lugar, a globalização: as empresas operam cada vez mais em mercados internacionais, o que trouxe uma diversidade e complexidade ao ambiente de trabalho antes, tradicional.

A flexibilidade foi outro dos temas destacado quando se fala em transformações do mercado de trabalho. Especialmente depois da pandemia o local de trabalho tornou-se cada vez mais flexível. Há uns anos atrás o trabalho remoto era impensável e hoje permite ter um equilíbrio entre a vida profissional e a pessoal.

Por último, a diversidade e inclusão. Há uma preocupação crescente com uma cultura de trabalho saudável e até na mudança de expectativas dos trabalhadores.

A atenção que pretendemos cativar e captar das novas gerações começa por um tema de propósito: nas novas gerações, mais do que uma componente financeira, procuram um propósito que as mobilize para uma variedade de causas.

No fim de cada episódio,  e em jeito de conclusão, pedimos aos nossos convidados que nos deixem um conselho, para quem nos está a ouvir e está agora a entrar no mercado de trabalho.

Euclides Major realça a importância de as Marcas serem autênticas e de confiança. Partilha, ainda, a opinião de Brian Chesky, CEO do Airbnb, no que diz respeito a três pilares a ter em atenção: planet (planeta), people (pessoas) and prosperity (prosperiedade).

É importante maximizar não só o lucro financeiro mas maximizar o lucro para as comunidades locais, a sociedade, bem como ter um impacto positivo e sustentável em todo o planeta.

Agora pode ouvir esta e outras entrevistas, sobre o mundo das Marcas, no site ou no popcast da RFM, aqui.

Todas as quintas-feiras trazemos novos convidados para partilhar experiências e aprendizagens. Fique atento!

Siga-nos na sua rede favorita.