O tema do quinto episódio trouxe uma mulher, de sucesso, para nos responder à pergunta: Como cativar uma equipa, ter e manter funcionários felizes.

Inês Simões, Diretora de Comunicação, Marca e Cultura Organizacional do Grupo Ageas Portugal, sonhou, durante muitos anos ser bailarina. Depois disso, lembra-se de estar na barbearia do tio a copiar títulos e textos com o gosto pelo jornalismo... posteriormente, veio a paixão pela comunicação e pelas pessoas, que se manteve até hoje e que se reflete no seu percurso tanto pessoal como profissional. 

As organizações estão a mudar e a forma de pensar hoje, em nada se compara com o que era antigamente. Hoje, acreditamos que colaboradores felizes e motivados fazem empresas felizes e de sucesso.

Primeiramente perguntámos à Inês como se cativa uma equipa e como é que se valorizam as pessoas.

A resposta foi simples: partindo do princípio de que as empresas são feitas de pessoas e nada acontece se não as tivermos connosco, é importante que haja um propósito.

Esse propósito deve ser o mote que inspira os colaboradores todos os dias e deve estar bem alinhado dentro das equipas para que haja espaço para as pessoas inovarem, respeitando individualidades, cada um com a sua missão própria, numa era em que se fala cada vez mais de diversidade e inclusão.

As pessoas têm de sentir que podem ser elas próprias em casa, com os amigos, mas também na empresa... e para que isso aconteça tem de haver empatia (...) respeito!

Para que a equipa se mantenha coesa e as pessoas se sintam bem com o que estão a fazer é também importante que cada um seja responsável pelo seu trabalho e que sinta isso.

O conceito de líder, aquele que dá ordens, já não existe ou não devia existir. Cada um deve ser responsável pelo seu trabalho, com autonomia, num sítio onde se sinta bem e reconhecido.

As pessoas que representam a Marca têm de representar os seus valores, princípios e atitude.

Por isso, não é a Marca que representa as pessoas nem as pessoas que representam a Marca, mas sim o casamento perfeito entre os dois: só se consegue ter sucesso se tiver pessoas alinhadas. Não podemos afirmar que temos um serviço de excelência se não tivermos bons atendedores.

Quando questionámos sobre como se consegue cultivar um bom ambiente num mercado competitivo, a Inês confessou que a concorrência é e devia ser a menor das preocupações.

Claro que num mercado em constante mudança é importante estar atento mas, mais importante que isso, é manter-nos fiéis àquilo que é a missão e o propósito da organização.

A Diretora de Comunicação, Marca e Cultura Organizacional do Grupo Ageas Portugal partilhou com a Superbrands um dos seus conceitos preferidos, o do infinite game ou jogo infinito. Segundo esta teoria temos de liderar por uma causa justa, a causa que a empresa defende, como um todo. 

O objetivo é manter-nos vivos ao longo do jogo, continuar sempre a jogar e não ter objetivos a curto prazo. Pensar a longo prazo porque o jogo não acaba, o propósito continua e permanece, novos jogadores entram e saem do jogo mas ele continua.

O que faz a diferença nas equipas?

Ao longo da entrevista percebemos que o sucesso da Ageas gira em torno da diversidade dos seus colaboradores e a importância que dão ao conceito.

As equipas, para fazerem a diferença, têm de ser complementares, com perfis diferentes que se entreajudem, com contributos de ambos os lados.

As diferenças geracionais são importantes assim como as diferenças étnicas e de género, ambas acrescentam experiência e conhecimento.

Uma das lições mais importantes que retirámos da entrevista com a Inês foi a sua visão sobre o papel de um líder.

Cada vez mais acredito que um líder tem de mostrar vulnerabilidade. Um líder não é um super homem ou uma super mulher. Não há nada de mal em reconhecermos que, em determinados momentos, também falhamos e as pessoas que estão à nossa volta valorizam isso. Isso também nos leva, aos líderes, a aceitar o erro.

A Diretora de Marketing do Grupo Ageas falou ainda sobre as diferenças  de gerações. O mercado de trabalho e os perfis dos profissionais, há 30 anos atrás e atualmente.

É importante saber aprender com os mais novos, dar-lhes condições para que se sintam bem, benefícios e flexibilidades mas também é muito importante cuidar dos que já lá estão e que dão muito à empresa.

Por fim, e como jeito de conclusão a Inês deixou três conselhos aos profissionais das Marcas.

O primeiro prende-se com a consistência do posicionamento de linguagem e comunicação e a coerência. Envolver as pessoas em todos os passos da organização, seja campanhas, lançamentos e/ou eventos pois "as nossas pessoas são os nossos melhores embaixadores".

Em segundo lugar,  a ideia de que as pessoas hoje, e cada vez mais, procuram emoções e Marcas mais humanas. É importante trazer experiências que impactem as pessoas.

Por fim e não menos importante, criar uma relação e ser os melhores amigos dos financeiros. São eles que nos ajudam a concretizar as nossas ideias.

Agora pode ouvir esta e outras entrevistas, sobre o mundo das Marcas, no site ou no popcast da RFMaqui.

Todas as quintas-feiras trazemos novos convidados para partilhar experiências e aprendizagens. Fique atento!

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